sábado, 27 de fevereiro de 2010

Dia seguinte, crise de abstinência.

Sempre que eu começo a seguir em frente, que eu começo a andar sozinha e paro de pensar em você, você volta, bate na porta e pede pra entrar. Você chega sem pedir licença, fala tudo o que vem na sua cabeça e eu acredito, eu me desfaço e me refaço completamente pra você. Aí depois tudo volta ao normal, você segue sua vida e me deixa pra trás, tendo que levantar de novo, esquecer de novo e tentar seguir em frente. Você podia no mínimo decidir, de uma vez, o que você quer. Ficar nesse vai-não-vai não dá, eu não posso mais. Eu me apego fácil demais em você, isso não é justo. Será que você não percebe que eu não sou uma boneca? Eu preciso saber pra onde ir, e você precisa me deixar ir se não me quiser aqui. Mas toda vez que você bate na minha porta é quase impossível não abrir, e quando eu abro tudo volta pro lugar certo, tudo fica em paz dentro de mim. Aí você vai embora, bate a porta e me deixa trancada nessa completa bagunça que surge dentro de mim nos, intermináveis, momentos de tua ausência. Diz que quer ficar comigo que eu fico, eu jogo tudo pro alto. Simples assim. Mas se não for pra ficar de verdade, vai de vez. Não, não vai. Eu te quero aqui. Fica! Só não me fale coisas, não faça coisas, fica aqui comigo sem falar nada, sem fazer nada, só aqui do meu lado. Mas não me deixa assim do jeito que eu fico quando você me deixa...

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