domingo, 8 de agosto de 2010

Desfazendo as malas...

"Sexta a noite hora de acordar
Salto alto pronto pra quebrar
Outro dia em algum lugar"

Reabrindo as portas!! Tantas coisas pra contar, algumas sobre as quais eu nem quero falar, não por não serem boas, pelo contrário, é que de tão boas - quase mágicas - não as querer dividir com mais ninguém, além de quem viveu junto. São coisas que quero guardar só comigo. Algumas podem ter importância só pra mim, um sorriso, uma frase, um olhar, um "não" que pra mim teve som de esperança, e um "sim" que talvez pinte por aí... Tantas coisas que faladas assim soam completamente sem sentido, mas que pra mim não existe nada mais lógico. Esse é um bom resumo desses tempos que passe afastada daqui. As coisas simples se tornam cada vez mais complicadas, talvez pelo simples fato de nunca terem sido simples, mas eu me mostrava a "dona do mundo" e tudo era simples para mim. Tudo era simples por um único e simples motivo: eu nunca tinha me permitido sentir nada. Eu fingia que sentia, ou até sentia de verdade de um modo meio reservado, controlado, distante.. Um modo que me pertencia mas não era meu. Eu nem sei mais sobre o que estou falando agora, perdi o fio da meada. Mas é algo sobre vida. Não, não é sobre vida, é sobre viver. Viver, acreditar, se permitir... Tudo fica tão mais doce. Não adianta repetir 7 vezes pela manhã "que seja doce" se você não se permitir sentir o gosto doce do mundo e aceitar que o amargo também é necessário. E que sentir o gosto ácido de certas coisas é melhor do que não sentir nada, porque se você consegue sentir o gosto ruim vai conseguir sentir o bom também. Mas se você nunca provar, nunca vai descobrir como é. Então se arriscar é bom, se permitir provar. Eu sempre falei sobre voar, mas essa é a primeira vez que o motivo principal sou eu. Eu sempre dizia que era por mim que eu levantava voo, e realmente era. Mas não igual agora. Antes era por medo, pra tentar me mostrar e me manter forte, por um alguém oculto, algum motivo não revelado... Agora não. Eu estou aqui e está tão bom estar aqui. É um sentimento estranho, sem nome, pode ser felicidade até. Mas é algo como um encontro, um encontro comigo mesma. Sei lá. Mas é bom, muito bom. Tem um misto de insegurança, paz, vontade, anceio, verdade... Tem um sopro de vida. Não vou dizer que estou vivendo uma vida perfeita, digna de contos de Cinderela, mas eu estou vivendo, e isso é bom. Estou abrindo novas portas, conhecendo novas pessoas... Coisas que eu já fazia antes, mas que agora eu estou vendo, reconhecendo e querendo fazer. Sim, esse é o ponto, eu estou querendo e gostando. Talvez eu não seja mais um dragão, talvez minhas gavetas enfim estejam sendo limpas, talvez tudo esteja se adocicando, se renovando. Eu estou me (re)encontrando, me conhecendo e eu estou empolgada com isso tudo. Julho foi um mês incrível, um mês que eu nunca teria imaginado, nem em sonhos, foi sensacional, não tenho nem como descrever. Mas foi um mês de começos já começados e fins já terminados. Um mês que eu não sei ao certo como definir, talvez por não existir uma definição física que englobe o tamanho significado e importância desse mês na minha vida. Só sabe quem já passou. Esse foi, sem dúvidas, um dos meses mais felizes que eu já tive, que vai deixar saudades misturadas com deliciosas lembranças. Sim, lembranças é a palavra certa para definir julho. E por mais que ele tenha sido dessa forma real quase utópica é bom agosto chegar. Agosto me faz falta, agosto me renova. Não gosto de setembro, então torço para que agosto dure, e que dezembro venha rápido depois...



"E o mundo é mais feliz
Quando ela dança e ri
Igual a uma criança, diz
Que sempre foi assim
E a festa não tem fim"

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