Devaneios de uma quarta qualquer..

Não sou boa com números. Com frases-feitas. E com morais de história. Gosto do que me tira o fôlego. Venero o improvável. Almejo o quase impossível. Meu coração é livre, mesmo amando tanto. Tenho um ritmo que me complica. Uma vontade que não passa. Uma palavra que nunca dorme. Quer um bom desafio? Experimente gostar de mim. Não sou fácil. Não coleciono inimigos. Quase nunca estou pra ninguém. Mudo de humor conforme a lua. Me irrito fácil. Me desinteresso à toa. Tenho o desassossego dentro da bolsa. E um par de asas que nunca deixo.

(Fernanda Mello)

Eu sou brincalhona e faço coisas por simples impulso momentâneo, não me arrependo de nada, apenas repenso as minhas ações e vejo que poderia não ter feito certas coisas ou ter feitos outras. Nem sempre eu sei por onde seguir, onde pisar, mas eu vou assim meio sem querer, da minha forma um pouco torta de ser, e eu me encontro. Nem sempre meus pensamentos fazem sentidos e nem eu me entendo bem, mas eu sou assim. Eu sigo em frente, nada me prende, eu mudo de idéia muito rápido e minhas vontades são todas momentâneas. Eu me desinteresso e me canso fácil demais. Eu gosto é de agir, de novidades, de ser surpreendida. Eu gosto de ser livre! Quero voar todos os dias, cada vez mais alto e mais além. Não me venha com essa de que quanto maior o vôo maior a queda, porque eu não ligo, ou ligo, mas é que a sensação de queda livre, por mais que me mate quando caio de cara no chão, me motiva. A sensação do vento batendo no rosto me renova, me completa. Como diria Clarisse, eu gosto dos venenos mais fortes, aqueles que doem, que ardem, e os que quase matam são os que mais me interessam. Eu sou assim, não questione, não tente me entender nem me enjaular, eu sou um ser do mundo, eu só pertenço a mim mesma - por mais que me prenda em outras pessoas. Eu gosto de cair de penhascos rumo ao abismo, mas são poucos os que conseguem me acompanhar, ou me motivar para tal ato. Eu gosto de ser assim, ser eu mesma, na minha mais simples, pura e complexa essência. Quer vir comigo? É só me dar a mão, mas eu não prometo não solta-la, então não se apegue demais. E por favor não faça com que eu me apegue a você, por mais que eu queria, eu não posso. Se apegar não faz parte da minha natureza...