quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Coração apertado, choro preso na garganta e sentimento nenhum. É incrível como de uma hora pra outra tudo muda, acho que com isso eu nunca vou me acostumar. O medo passou, a confiança passou, a angústia continua aqui. A ansiedade já não tem importância, eu já não quero saber mais no que tudo vai dar, eu já não ligo mais. Já nem sinto mais. Ou talvez eu sinta tanto que me passa – propositalmente, é claro - despercebido, de tanto sentir o sentimento se esconde e eu fico com esse total vazio e abandono dentro de mim. Eu me sinto confortável assim, nem rio e nem choro, não me sinto feliz, mas ao menos a dor não é palpável, e isso me deixa bem. Talvez a ficha não tenha caído - o problema é que não há ficha nenhuma – quando cair, talvez melhore talvez eu sinta talvez eu sofra ou sorria, mas eu acho que eu vou chorar todo esse choro preso na minha garganta que anda me sufocando. Não sei se será um choro se surpresa, alegria, decepção ou medo. Mas sei que no fim de tudo, vai ficar tudo bem. Como diria meu grande amigo, Caio Fernando – nunca nos esbarramos por aí, nunca nem nos falamos, mas ele é quase eu mesma, ele fala com a minha alma direta e quase diariamente – que seja doce independente do que for, mas que seja doce.

"As coisas são
As coisas vêm
As coisas vão
(14 de janeiro de 2010)                                                As coisas
Vão e vêm
Não em vão”
(O. de Andrade)

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